Sinopse - O Barroco no Brasil

O Barroco europeu se voltou paras as exigências do publico aristocrático, já no Brasil o Barroco nasce e se desenvolve em condições diferenciadas, ganhando características próprias e com vários escritores brasileiros como: Gregório de Matos, Bento Teixeira, Frei Itaparica, padre Antônio Viera e Numa Marques Pereira.

No inicio do século XVII o Brasil era um grande produtor de cana-de-açúcar, e vários colonos portugueses vinham para cá com intuito de explorar e enriquecer rápido, muitos não sabia ler e escrever. Mas aos poucos foi surgindo pessoas com formação (vindo de Portugal) como: advogados. Religiosos ou homens de letras, na maioria filhos de comerciantes e pessoas instaladas no Brasil.

O Brasil passava por grandes transformações tanto na economia como na literatura. Na economia havia vários centros de comércio, de exploração da cana-de-açúcar, mas os negros eram escravizados e tratados com violência, além dos índios serem perseguidos.

A literatura no Brasil ainda estava se desenvolvendo e só foi ganhar impulso no ano de 1720 e 1750, quando foram fundadas várias academias literárias por todo o país. Mas nas artes plásticas, o desenvolvimento só aconteceu no século XVIII, quando aconteceu a descoberta do ouro em Minas Gerais.

Na literatura a obra que deu o marco inicial ao barroco foi a Prosopopeia (1601) de Bento Teixeira, um poema que teve influência dos Lusíadas. Além de Bento Teixeira houve outros autores que marcaram a época, um deles é a boca do inferno ou Gregório de Matos um dos fundadores da poesia lírica e satírica. A poesia satírica de Gregório fazia temáticas polemicas com erotismo, acusações, elevando Deus e a demonstração dos pecados, além de ter uma linguagem rebuscada e exagerada.

Devido as suas obras exageradas e com sátiras foi perseguido pelo baiano Antônio de Souza Menezes e que desencadeou alguns anos de exílio em Angola, mas quando voltou estava muito doente acabou morrendo. Gregório de Matos estudou no colégio dos jesuítas e depois foi para Portugal cursa Direito, tornando-se juiz onde ensaio suas principais poemas satíricos. 

Sinopse - Auto da Compadecida

Tudo começa com a história da mulher do padeiro querendo benzer a sua cachorrinha que estava doente,e manda seus funcionários João Grilo e Chicó que vão perguntar ao Padre se ele poeria benzer a cachorrinha. O Padre não aceita alegando não ser um ser humano. João homem muito esperto resolve inventar que era funcionário de Antonio Morais (rico proprietário de terra), o Padre muda de ideia repentinamente. Tudo ia bem até que ...  Antonio Morais chega a porta da igreja querendo ... ir ... Bem para saber o final dessa história cômica e recheada de polemicas, intrigas, confusões, cangaceiros e personagens mentirosos, solitários e preconceituosos leia o livro Auto da Compadecida escrita por Ariano Suassuna que juntou várias  temáticas do nordeste em um único livro, além de levantar a crítica sobre a religião e criatividade de cada um!

Para ler e baixar o livro,
click - -> 1http://www.mediafire.com/view/?6482ic4nzcedlz1

Reportagem da Peça de Ariano Suassuna

Sentados em uma cadeira, a reporte anuncia o inicio do programa - Cultura nordestina - e começa falando sobre o que será visto no programa.

APRESETNADORA:

-- Bom dia! No programa de hoje vamos aprender um pouco mais sobre a cultura do nordeste, e trouxemos que contribuíram com a cultura nordestina. Chamo aqui ao programa, a artista plástica muito renomada que com seu quadro “Auto da Compadecida", entre Érika Mattos!

ÉRIKA MATTOS:

-- Bom dia gente! Estou muito feliz de está aqui, um cantinho tão especial para a cultura nordestina, é um grande privilégio!

APRESENTADORA:

-- Não tem o que agradecer mais me diga como surgiu a ideia de produzir um quadro sobre o livro "Auto da Compadecida"?

ÈRIKA MATTOS:

-- Bem eu adoro o nordeste e sempre tive um desejo de produzir uma obra, retratando essa maravilhosa cultura. Ao ler o livro “Auto da Compadecida" me surpreendi como o autor Ariano Suassuna conseguiu englobar vários temáticas polêmicas como: desigualdade, machismo, preconceito social e racial, pobreza, adultério e solidão em um único texto literário além de mostrar de forma engraçada e divertida. A obra mostra a misturando da tradição religiosa e a popular, sobretudo ressaltando o ambiente de crendices do povo, e assim mostrando tradição brasileira, além de ser uma obra a retratação de uma historia real!  

O cachorro da mulher do padeiro está doente e ela quer que ele seja benzido. É essa a causa de todos os acontecimentos narrados no Auto da Compadecida. João Grilo, para satisfazer o desejo da patroa, arma uma imensa confusão que acaba envolvendo o Padre, o Sacristão, o Bispo e até o coitado do seu amigo Chicó, que de nada tem culpa, e no final das contas a cachorra tinha um testamento (que era para o padre, bispo e frade), a mulher tinha comprado um gato que descomia dinheiro e o marido tinham descobriu sua traição com Chicó, uma confusão atrás da outra.

APRESENTADORA:

-- Um gato que descomia dinheiro?

ÈRIKA MATTOS:

-- Sim, uma invenção dele para conseguir tirar dinheiro do Padeiro e mulher, ele os odiava desde a época que ele ficou doente os patrões não o ajudaram, deixando o coitadinho na cama com febre.

 APRESENTADORA:

-- Nossa! Tadinho!

ÈRIKA MATTOS:

-- Ambos lutam pelo pão de cada dia e atravessam por vários episódios enganando a todos da pequena cidade em que vivem. É uma obra maravilho espero que todos se interessem em ler

APRESENTADORA:

-- Eu mesmo já vou comprar o meu! -Da uma risadinha- Mais tenho uma surpresa que acho que todos irão gostar, Por favor, mulher do padeiro!

MULHER DO PADEIRO:

-- Oi gente!

APRESENTADORA:

-- Como você está bonita!

MULHER DO PADEIRO:

-- Obrigada!

APRESENTADORA:

-- Mais me diga, você e seu marido se valem de suas ideologias para exclusão de João Grilo e Chicó de suas vidas, porque esse tipo de comportamento se eles os ajudam tanto na padaria?

MULHER DO PADEIRO:

-- Ajuda? Eles comem tudo que veem pela frente, se não ficar de olho neles comem tudo e não sobra nadinha para vender, além do mais não tenho obrigação nenhuma de dar suporte para esse tipo de gente, eles são só empregados!

ÉRIKA MATTOS:

-- Mais eles são ajudantes da padaria porque renegar apenas um pedaço de pão?

MULHER DO PADEIRO:

 -- Eu já disse eles comem tudo que veem pela frente, e além do mais já pago o necessário para sobreviverem, não tenho que ficar bancando-os!

ÉRIKA MATTOS:

-- Oks! Isso só mostra que você apoia a desigualdade social!

MULHER DO PADEIRO:

-- RUM! Pelo menos eles recebem dinheiro e não precisam ficar igual ao cangaceiro Severino que sofre de um perturbação mental, mata e saqueia todas as vilas. Aqueles dois só usam a malandragem e a mente para conseguir o que quer aqueles ***!

REPÓRTER TENTANDO ACALMAR A SITUAÇÃO:

-- Oks! Isso é verdade!

MULHER DO PADEIRO:

--Vocês reclamam do meu tratamento com aqueles doidos, mais nem me perguntaram por que me chamo mulher do padeiro. A desigualdade e desvalorização de nós mulheres naquela época era tanta, que nem pude receber um nome!

APRESENTADORA:

-- Mais seu marido ao casarem não lhe deu um nome?

MULHER DO PADEIRO:

--Não!Aquele desgraçado só me explorava, mais agora tomei as rédeas! Ele faz tudo o que quero, sem nem dizer um ai!

APRESENTADORA:

-- Mais se você tomou as rédeas, por que o trai?

MULHER DO PADEIRO:

-- Traio para me divertir vendo-o pagar pelas coisas que me fez passar, inclusive com muitos homens da cidade- risadinha -.

APRESENTADORA:

-- Ele nunca desconfiou?

MULHER DO PADEIRO:

-- Consigo engana-lo toda vez, ainda por cima boto a culpa nos outros! - dá uma risadinha - Mas não sou a única fazendo coisa errada naquela cidade, o padre também fez!

ERIKA MATTOS:

-- Verdade o padre e o bispo fazem tudo por dinheiro, são muitos ambiciosos além de serem preconceituosos com quem não tem status na sociedade.

MULHER DO PADEIRO:

--Está vendo!

APRESENTADORA:

-- Bem meninas me desculpem mais temos que ir, hoje foi realmente um dia prazeroso mais nosso tempo acabou, espero ver vocês mais vezes aqui! Obrigado a todos, e até terça que vem! Tchau!

MULHER DO PADEIRO:

--Tchau “vídeo show”! – soltando beijos para câmera-

ÉRIKA E A APRESENTADORA FALAM AO MESMO TEMPO:

-- É cultura nordestina!

Toca musica de encerramento, e acaba o programa.

Diário de Bordo de um Leitor: Registros de leitura

Diário de Bordo de um Leitor

Reflexão Filosófica

A alegoria da caverna escrita por Platão, levanta muitas questões relacionadas a realidade, conhecimento, e  comodidade  da condição humana, que diz respeito a importância do conhecimento filosófico e a mentalidade de compreender e superar a ignorância, isto é, a passagem gradativa do senso comum da visão para explicar a realidade é o racional sendo sistemático e que busca as respostas na caudalidade.

É considerada uma das mais importantes alegorias da história da Filosofia. Através desta metáfora é possível conhecer uma importante teoria platônica: como, através do conhecimento, é possível captar a existência do mundo sensível (conhecido através dos sentidos) e do mundo inteligível (conhecido somente através da razão). 

O Mito da caverna é uma dialeto de Sócrates e Glauco que falam sobre prisioneiros que estão presos a correntes em uma caverna e e passam todo o tempo deslumbrando as sombras que se projetam pela luz gerada de numa fogueira no fundo da caverna, levando ao comprometimento do conhecimento com o mundo da razão, captando o mundo através do sentido. Nesta parede são projetadas sombras de estátuas representando pessoas, animais, plantas e objetos, mostrando cenas e situações do dia-a-dia.Os prisioneiros admirando as sombras, analisando e julgando as situações.

Na charge feita por Mauricio de Sousa - As Sombras da Vida com Piteco- faz uma comparação  com o mito da caverna,  fazendo uma analogia com a realidade, que não é diferente,  dos homens primitivos que ficam obcecados pelas sombras e dos homens de hoje em dia , que estão obcecados pela televisão e por outros meios de comunicação, dessa forma , igualando-os por só se movimenta através da televisão (mídia , para novelas, futebol, fofocas, filmes entre outras coisas)   ou sombras e não saindo para analisar se aquilo que estão vendo é realmente verdade, levando a crer que é a mais pura verdade, quando muitas vezes não é, deixando observar, aprender, conhecer e se tornar mais crítico em relação as problemas , mas a distração com coisas supérfluas é tanta que deixam de contemplar essas coisas.

 No mito os prisioneiros somos nós que enxergamos e acreditamos apenas em imagens criadas pela sociedade, cultura, família durante toda a vida. a caverna simboliza o mundo ,pois podem apresentar imagens que não são reais e que só é possível conhecer a liberdade quando conhecemos " Sol " ou o conhecimento , que é obtido por pessoas que conseguem sair desse contexto ilusório ( caverna )e analisar a vida criticamente e não por meios duvidosos.

Auto da Compadecida

PADEIRO
Antes de morrer, tenho um pedido a fazer.
SEVERINO
Ai, ai, ai! O que é?
PADEIRO
Quero que ela morra primeiro, para eu ver.
SEVERINO
Concedido. Mate a mulher primeiro.
MULHER
Ah desgraçado!
PADEIRO
Desgraçada é você que me desgraçava a testa sem eu saber. E se ao menos fosse com uma pessoa de respeito! Mas até Chicó.
CHICÓ
Até Chicó o quê? Eu fui que corri o perigo de ficar falado,andando com essa mulher pra cima e pra baixo.

Quinhentismo no Brasil

Portugal se tornou uma potência no século XIV onde sua cultura, economia e política estava em sua plenitude. Como foi relatado por Luís Camões em sua obra " Os Lusíadas" sobre o descobrimento de um nova rota para as Índias e por Pero Vaz de Caminha em sua carta que conta a descoberta das terras brasileiras.
O Brasil se tornou colônia de Portugal durante três séculos construindo grandes fatos históricos como:

Século XVI: A metrópole procurou garantir a domínio sobre a terra descoberta( Brasil ), organizando -a em capitanias hereditárias e enviando negros da África para voa e jesuítas para catequizar os Índios.
Século XVII: A cidade de Salvador passou se povoada por aventureiros portugueses, índios,negros e mulatos tornando-se o centro as decisões .
Século XVIII: A região de Minas gerais se transformou em centro de exploração portuguesa, na qual, ocorreu um movimento conhecido com  Inconfidência Mineira .
Durante esse período colonial ainda não eram sólidas as condições essenciais para o florescimento da literatura no Brasil, pois os livros que eram escritos no Brasil tinham que ser impresso em Portugal e depois  trazidos para a colônia. Por essa razão alguns historiadores preferiam chama-la de manifestação literária ou ecos da literatura no Brasil, segundo esse ponto de vista, só no século XVIII com a formação de cidades e centros comerciais ligados a extração de ouro, em Minas Gerais, que a literatura ser tornou mais amadurecida, com espiríto de nacionalidade e o nascimento de um literatura voltada para o espaço, para o homem e língua onde se consagrou na Independência do Brasil.

Curiosidades 

A literatura de informação foi carta e textos escritos em forma de viagem, diários de bordo e tratados descritivas, que tinha como finalidade narrar aventuras, descrever as viagens, escritos em forma de prosa, contando os primeiros acontecimentos da chegada dos portugueses no Brasil, que na época recebia o nome de Santa Cruz.